“Também é possível diminuir os sintomas de artrose, hérnia discal e das doenças que afetam as inserções musculares, como tendinite e bursite" enumera a nutricionista e mestranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Viçosa, Joice de Fátima Laureano Martins.
A médica Jane Corona lembra que o efeito imunoestimulatório dos probióticos se estende para mucosas distantes do trato gastrointestinal, como o sistema genitourinário e o sistema respiratório. Com isso, além de todas as doenças inflamatórias intestinais, também é possível tratar doenças atópicas (incluindo alergias e asma), intolerância à lactose, alergias alimentares, cistite de repetição e disfunções hormonais. “E tudo o mais em que o sistema imunológico esteja envolvido, porque o intestino é considerado o órgão imunológico mais importante do organismo.
A abordagem da dieta e da saúde na microbiota intestinal é a maneira mais efetiva para se recuperar um equilíbrio imunológico”, enfatiza. Com relação à fibromialgia, estudos revelam uma forte relação da doença com o excesso de resposta imunitária, uma vez que há uma grande proporção de indivíduos com a enfermidade que também possuem outras infecções. “É o caso dos chamados processos alérgicos e doenças autoimunes, em que o sistema imune produz respostas exageradas ou reconhece como estranhos componentes do próprio organismo”, ressalta Célia Lúcia Ferreira. Neste contexto, os probióticos podem atuar contra a fibromialgia modulando o sistema imunológico. Entre as ações moduladoras estão incluídas a ação de substâncias pró-alérgicas e o aumento da produção de substâncias antialérgicas. “Os sintomas de fibromialgia e fadiga crônica são os mesmos, agravados principalmente por estresse, traumas emocionais, toxinas ambientais e dieta”, define a nutróloga Jane Corona.
As aminas tóxicas produzidas pelas bactérias intestinais, infecções virais, disfunções imunes e endócrinas estão entre os desencadeadores dessa fadiga e dor crônica. Nesses indivíduos ocorre alteração da permeabilidade intestinal, desequílíbrio na microbiota residente, candidíase intestinal, superestimulação do sistema imune e uma tendência para desenvolver alergias e intolerância a alguns alimentos. “A alteração na microbiota intestinal está associada com doenças fora do trato gastrointestinal. Como o intestino é um órgão chave na absorção de minerais, nada é mais importante para a saúde óssea que uma microbiota saudável”, acrescenta.